terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sermão pregado na IP de Salgueiro em 13/02/11

Sermão no Salmo 137 – VERS REV
1 Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar, recordando-nos de Sião.
2 Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas harpas,
3 pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião.
4 Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira?
5 Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza.
6 Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria.
7 Lembra-te, Senhor, contra os edomitas, do dia de Jerusalém, porque eles diziam: Arrasai-a, arrasai-a até os seus alicerces.
8 Ah! filha de Babilônia, devastadora; feliz aquele que te retribuir consoante nos fizeste a nós;
9 feliz aquele que pegar em teus pequeninos e der com eles nas pedra.

INTRODUÇÃO – O cativeiro babilônico vivido pelo povo de Israel, um período de 70 anos. Isso na realidade tira qualquer pessoa de tempo. Por que eles estavam ali. O pecado é a resposta. O pecado é causa para jogar o homem em situações diversas e adversas.
JEREMIAS (cap. 25):12 “Acontecerá, porém, que quando se cumprirem os setenta anos, castigarei o rei de Babilônia, e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniqüidade, e a terra dos caldeus; farei dela uma desolação perpetua”.
•JEREMIAS (cap. 29) - 10 “Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, eu vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar”.
•DANIEL (cap. 9) - 2 no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.
• A reconstrução dos muros de Jerusalém, com o retorno do cativeiro, Esdras mais Nemias tiveram um grande trabalho, mas também tiveram avivamentos, com contatos com a Palavra de Deus...

ELUCIDAÇÃO:
1. Edom, heb. Vermelho - 1 Nome dado a Esaú, Gn.25:30; - “0 e disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edom”. 2Região ocupada pelos descendentes de Esaú, Gn.36:6-9; - Bíblia Eletrônica

2. Babilônia, gr. Porta de Deus. Sinear era o nome antigo do império de Babilônia. Chamava-se, depois, Caldeia, Jr.50:10. A capital de Babilônia ocupava o mesmo local da torre de Babel, Gn.10:10;
Nos dias de Nabucodonozor, reviveu seus dias de Glória. Na Babilônia havia muitas maravilhas. Os jardins suspensos eram uma das sete maravilhas do mundo, e até hoje não há catedral mais alta que o templo de Bal (deus Babilônico). As suas muralhas tinham mais de 100 metros de altura e cada lado da cidade tinha vinte e cinco portas de metal. - Bíblia Eletrônica

- Sobre o Salmo: “Um profundo espírito de vingança está claramente evidente neste lamento comunitário. Os versículos iniciais evocam uma profunda simpatia pelos cativos, enquanto os versículos finais dão vazão à sua indignação experimentada quando testemunharam a desolação de sua terra. Embora não seja certo onde o salmista se encontrava quando escreveu este hino, ele parece ter sido um dos exilados que retomaram a Jerusalém em 538 A.C. Sua primeira visão de Jerusalém poderia muito bem ter provocado suas imprecações contra Edom e Babilônia.” – Comentário de Moody.


TEMA – O Reino de Deus Acima de Tudo

I. NEM SEMPRE É POSSÍVEL ESQUECER O PASSADO, MAS É PRECISO TIRAR DELE SUAS RESPECTIVAS LIÇÕES – V 1


II. O EXÍLIO CONTRIBUI PARA O ABANDONO DOS TALENTOS QUE DEUS NOS ENTREGA, PORÉM NÃO DEVE SER UMA REGRA – V 2
1. Quantos estão hoje fora dos Arrais adorativos... penduraram seus instrumentos de louvor...
2. “Tristeza do Exílio. Às margens dos rios de Babilônia... chorávamos. A voz do salmista soluça de agonia ao descrever a dor do cativeiro. Os exilados sem dúvida tinham lugares especiais ao longo do
Eufrates ou seu sistema de canais onde podiam chorar a sua condição. Quando se lhes pedia que cantassem para divertimento dos seus captores, respondiam dependurando suas liras sobre os salgueiros que se alinhavam sobre os barrancos do rio”. – Com. De Moody

III. UM CRISTIANISMO APÁTICO – VV 3 e 4

IV. A AMAGURA É DESTRUTIVA – VV 7 a 9
1. Veja o que diz o escritor aos Hebreus 12: 14 – 17: Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem;16 e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas.

2. “Ódio Contra os Inimigos. Filhos de Edom... Filha de Babilônia. A intensidade das emoções do salmista se vê em seu ódio contra os seus inimigos como também em seu amor por Jerusalém. Ele destaca Edom pela sua conduta em ajudar o inimigo contra Jerusalém (cons. Ez. 25:12-14; 35; Ob. 10-14). Então a Babilônia se transforma em objeto das apaixonadas imprecações do salmista. Embora uma tão cruel matança como a descrita no versículo 9 fosse naturalmente praticada quando se saqueavam as cidades de antigamente (Is. 13:16; Naum 3:10) e fosse praticada contra Israel (lI Reis 8:12; Os. 13:16), não podemos justificar tais palavras” – Comentário de Moody.


CONCLUSÃO - Somos desafiados em face das circubstâncias a medir o nosso estado espiritual e abrir mão de nossos interesses e a aplicarmos o que a Bíblia nos ensina; a fim de que possamos ter uma vida de verdadeira sintonia e submissa A VONTADE DE DEUS.

Pr. Cornélio Gonzaga

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