quinta-feira, 11 de março de 2010

À Beira do Velho Chico – Cabrobó - Poesia



A natureza que reluz e que encanta,
É também o lugar para se avaliar o desencanto.
É o lugar de fruir, mas também de diluir.

Foi neste lugar ao sol e ao luar,
Onde me esquivei de sombras,
Pois não tinha como fugir das ondas.

No luar desse sertão e tão estrepitoso encanto,
Viveu o meu coração abnegado mais ingrato,
Sonhando às vezes, porém desventurado,

Buscando um encanto, mas tendo um desencanto.
Um sonho que era inútil e desalentado,
Por uma crise existencial que no momento fora desabrochada.

A beira do São Francisco em um lugar cheio de esplendor,
Ali morava a mãe do Florentino,
Pois não faltava a Cristina e seu marido Nego,

Seus filhos e também sua irmã,
Que juntos brincávamos, sorríamos e palestrávamos,
Era neste ambiente descontraído que nos assemelhávamos.

Que saudades dos velhos tempos que certamente não retornarão,
Ficamos apenas nas lembranças que mais cedo ficarão,
No coração de um poeta que sofreu a desilusão.

Sem cura apesar da busca dum malvado coração,
Que judiou de um outro apesar da inconsciência,
Que a todos nós dilacera sem perder a consciência.

Nesses meus queridos versos quero simplesmente agradecer:
De um tempo pouco remoto, mas que em tudo aprendizou.
Que a vida não é só de dor, mas também de um novo amanhecer.

Um conflito que para muitos se questionou e replicou:
Será que é verdade mesmo, mas a dúvida ficou para se esclarecer.
O que eu posso dizer é que o Velho Chico ajudou no amanhecer.

Autor: Prof. Cornélio Gonzaga
Direitos resevados

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