quarta-feira, 21 de abril de 2010

ESCATOLOGIA: A morte física



Escatologia - A morte física
Helci R. Pereira – helcip@uol.com.br
A Bíblia fala em morte física, espiritual e eterna.

A. Natureza da morte física -
1. Textos bíblicos sobre a morte física:
a) Mt. 10.28; I Pe. 3.17-18 - A morte do corpo é distinta da morte da alma.
b) Mt. 2.20; Mc. 3.4; Jo. 12.25; 13.37-38; At. 15.26; 20.24; Gn. 35.18 - A morte como perda do elemento vital da natureza humana.
c) Ec. 12.7; Tg. 2.26; Jo. 19.30; II Tm. 4.6; II Pe. 1.14-15 - a morte como que da unidade do ser humano.
2) À luz das passagens bíblicas é de concluir-se que:
(1) Morte é quebra das relações naturais da vida.
(2) Morte não é cessação de toda a existência.
(3) Morte é uma catástrofe para o ego.
(4) Morte é à entrada da pessoa numa espécie diferente de existência.
(5) Morte espiritual é a quebra das relações com Deus.

B. Relação entre a morte e o pecado - Há três explicações:
1. A morte é uma lei natural e não tem relação nenhuma com o pecado. Pecasse ou não, o homem morreria, como toda a natureza, que vive e morre (Pelágio e Socínio).
2. O homem foi criado mortal, mas receberia o dom da imortalidade pela obediência à vontade de Deus. Não obedeceu e não recebeu o dom (Alguns teólogos antigos).
3. A morte é uma conseqüência do pecado (Teologia tradicional reformada).
a) O homem foi criado para ser imortal.
b) A morte é o resultado do pecado original - Rm. 6.23; 5.21; I Co. 15.56; Tg. 1.15.
c) A morte é punição do pecado - Gn. 2.17; 3.19; Rm. 5.12,17; I Co. 15.21.
d) A morte é um acontecimento desnatural na vida humana:
(1) É uma expressão da ira divina” - Sl. 90.7-11.
(2) É um julgamento - Rm. 1.32.
(3) É uma condenação - Rm. 5.16.
(4) É uma maldição - Gl. 3.13.

Conclusão:
- A morte não era estranha à baixa criação, mas o pecado trouxe prejuízo para a mesma - Rm. 8.20-22.
- Pela graça comum, Deus restringiu a operação do pecado e da morte.
- Pela Graça especial, Deus, em Cristo, conquistou os poderes da morte - Rm. 5.17; I Co. 15.45; II Tm. 1.10; Hb. 2.14; Ap. 1.18; 20.14.
- O dom de Deus é a vida eterna aos que crêem - Jo. 3.36; 6.40; Rm. 5.17-21; 8.23; I Co. 15.26,51-57; Ap. 20.14; 21.3,4.

C. Como o crente deve encarar a morte?
1. A morte é a culminância dos castigos que Deus ordenou para a santificação do seu povo. A presença do sofrimento e da morte beneficia espiritualmente o crente.
2. Na união com Cristo, o crente participa das experiências do seu salvador (sofre e morre).
3. É o teste final da fé.
4. A morte completa a santificação - Hb. 12.23 e Ap. 21.27.
5. A morte não é o fim para o crente, mas o começo de uma existência melhor:
- Não há aguilhão para o crente - I Co. 15.55.
- Ele pode dormir no Senhor - I Ts. 4.13.
- Ele espera confiante que terá um corpo que estará sempre com o Senhor - Rm. 8.11; I Ts. 4.16,17.
- Ele espera a glória final com a vinda de Cristo - II Tm. 4.7-8.

Um comentário:

  1. Vim retribuir sua visita ao Arca, que sempre é muito agradável. Tenha uma semana feliz, amigo.

    ResponderExcluir